quinta-feira, 17 de novembro de 2011

eclosão de cistos de artêmias salinas

Sem dúvida alguma, os náuplios de artêmias salinas, recém eclodidos de seus cistos, são a base alimentar dos alevinos de Bettas splendens em cada 9, entre 10 estufas de criadores brasileiros, sem medo de exagero.
Há quem ofereça apenas os náuplios de artêmias, logo após o saco vitelino do alevino estar esgotado. Pulando a fase de oferecimento de infusórios, paramécios, rotíferos, vermes-do-vinagre e até mesmo daphnias. Mesmo sabendo que nem todos os alevinos irão conseguir se alimentar deles, por serem grandes para algumas das pequenas bocas. Mesmo os menores náuplios. É óbvio que o processo seletivo da sobrevivência dos maiores e melhores preparados já se instala no plantel bem cedo. Os menores não sobreviverão.
Eu prefiro introduzir os náuplios de artêmias salinas, logo no primeiro dia de vida dos alevinos, em pequenas quantidades, junto com outros micro-organismos menores (principalmente vermes-do-vinagre). Na medida que os alevinos vão crescendo, vou diminuindo a oferta de vermes-do-vinagre e aumentando a quantidade ofertada de náuplios de artêmias salinas. Isto não quer dizer que o manejo descrito mais acima esteja errado, apenas não é o meu. É importante trazê-lo a luz e você decide qual será o seu caminho.
Abaixo vou apresentar como faço a eclosão dos cistos de artêmias salinas, de forma artesanal, bem simples e barata...

Você vai precisar de:
"Artemeira";
Bomba aeradora;
Difusor de ar (1 Entrada/2 Saídas), com controle de vazão;
Mangueira de silicone translúcida (ø 4-6 mm) para interligar a bomba aeradora, o difusor de ar e a "artemeira" (a medida que baste);
1 colher rasa de café de cistos de artêmia salina (esta quantidade pode e deve variar em função do volume de peixes a ser alimentado na sua criação);
1 colher de sopa cheia de sal-grosso (de churrasco), para cada litro de água;
1 colher rasa de café de bicarbonato de sódio/litro d'água (isto deverá ser o suficiente para elevar o pH da água para 8,0);
2 litros de água descansada (isenta de cloro)
1 pedaço de meia-de-nylon feminina (para tampar a "artemeira");
1 pedaço de elástico de costura (para prender a meia-de-nylon à "artemeira");
1 puçá de nylon 077 fios, para coletas;
Vasilha capaz de absorver o volume de água que cabe na "artemeira", no momento da coleta.
Sistema p/ eclosão de artêmias salinas

Como proceder:
Posicione a "artemeira" num nível mais baixo que a bomba aeradora, para evitar curto-circuito, caso haja retorno de fluxo de ar/água pela mangueira, por exemplo, depois de falta de energia elétrica;
Acople a mangueira que sai por baixo da "artemeira", numa das saídas do difusor de ar;
Adicione água na "artemeira", até completar aproximadamente 3/4 de sua capacidade total;
Adicione sal-grosso e bicarbonato de sódio;
Ligue a bomba aeradora e regule o fluxo de ar no difusor, de forma a liberar um bom volume de ar para agitar a água, com bolhas grandes. Se for preciso abra um pouco a outra saída do difusor, para reduzir o nível de ruído da bomba aeradora e aliviar a pressão;
Adicione os cistos de artêmias salinas;
Cubra a boca da "artemeira" com um pedaço de meia-de-nylon feminina, com o elástico de costura (para evitar que insetos caiam na água).

Coleta e Oferta:
24/36 horas após, você vai observar milhões de náuplios nadando na "artemeira", desligue a bomba aeradora (este tempo pode variar a cada lote de cisto para eclosão comprado);
Cubra a "artemeira" com um pano escuro, deixando apenas a sua base, recebendo luz (natural). Os náuplios vão se concentrar na base, procurando pela luz;
Desacople a mangueira do difusor, tampando sua ponta com o dedo;
Abaixe a mangueira para um nível abaixo da "artemeira". Tire o dedo da mangueira e despeje a água salobra com os náuplios de artêmias, num puçá de nylon 077 fios. Abaixo do puçá, posicione uma vasilha capaz de absorver todo o líquido que está na "artemeira";
Observe que os náuplios de artêmias salinas se concentram na parte afunilada do pet invertido da "artemeira" (formato de "v") e na superfície da água, estão os cistos que não eclodiram. Deixe escoar boa parte da água... Quando estiver quase acabando, interrompa tampando a mangueira com o dedo, para não sugar os cistos que não eclodiram;
Acople a mangueira novamente numa das saídas do difusor de ar;
Leve o puçá de nylon 077 fios até uma torneira e deixe escoar água doce, bem suavemente, para lavar os náuplios, tirando o sal. Faça isto por 30/40 segundos, aproximadamente;
Agora chacoalhe o pucá de nylon 077 fios num pote de água limpa, sem cloro;
Com uma pipeta ou seringa sugue os náuplios de artêmias salinas e oferaça ao alevinos em quantidade suficiente para que sejam consumidos rapidamente e de forma pulverizada em vários pontos do aquário de crescimento/engorda.
Coleta de náuplios de artêmias salinas com puça 075 fios

As artêmias salinas não sobrevivem muito tempo na água doce (aproximandamente 3 horas), portanto peque pela falta, mas jamais pelo excesso de alimentos no aquário dos alevinos.
Peixes adultos também podem consumir os náuplios, eles adoram caçar o que comem e é saudável oferecer alimentos vivos a eles, além da ração industrializada.
Se sobrar náuplios, você pode congelar, fazendo cubinhos congelados de náuplios, que podem ser raspados com uma colher e servidos aos peixes.
O ideal é você ajustar a quantidade de cistos a eclodir, para ter sempre náuplios fresquinhos para dar aos alevinos.
Sugiro que mantenha 2 ou mais "artemeiras" eclodindo náuplios, começando o processo em dias subseqüentes, de forma a ter sempre náuplios de artêmias salinas todos os dias, uma vez que podem demorar até 36 horas para eclodir.
Em determinado momento eu eclodia muitos cistos de artêmias salinas e optei por usar sal para uso agropecuário (não mineralizado), pois acabava saindo bem mais barato comprar saco de 25 kilos, do que usar sal-grosso de churrasco. Funcionou da mesma forma, não observei alteração alguma no volume de cistos eclodidos. Fica registrada aqui, a minha experimentação. Se o seu volume justificar, é uma saída interessante.
Se você não está conseguindo eclodir cistos de artêmias salinas, comece desconfiando dos cistos que podem estar velhos, mofados ou serem de baixa qualidade.
Procure adquirí-los de fornecedores idôneos e mantê-los em embalagens bem vedadas, em local seco.



Fonte: betta brasil

Tratamento de parasitas internos

Protozoários intestinais: Flagyl 400mg (Metronidazol)

Utilize 100mg (1/4 de um comprimido de 400mg) para cada 40 litros d'água em aquário hospital. Troque 30% da água a cada 2 dias, repondo o remédio perdido, por um período de 10 dias de tratamento, mantendo a temperatura não abaixo dos 31°C. Se não possuir um aquário hospital pode fazer no aquário principal mesmo, uma vez que o Metronidazol não afeta as bactérias do sistema de filtragem.

Como a temperatura estará elevada, é importante que a aeração seja reforçada.

Vermes Nematelmintos: Ripercol solução a 5%

1- Remover o carvão ativo;
2- TPA de 50% antes de começar o tratamento;
3- Aplicar o remédio com as luzes apagadas e aeração reforçada. A dosagem é 4 mL para cada 10 litros;
4- 24 horas de duração;
5- TPA de 40% com sifonagem repondo o carvão;
6- Repetir o tratamento 7 dias depois e mais uma vez outros 7 dias depois.

Vermes Nematelmintos: Ascaridyl comprimidos (Cloridrato de Levamisol)

150mg do cloridrato de levamisol sólido para cada quilo do peixe. Use o mesmo procedimento que usou com o Ripercol.

Vermes Platelmintos: Azoo Anti-EndoParasites (Praziquantel)

1- Remover o carvão ativo;
2- TPA de 50% antes de começar o tratamento;
3- Aplicar o remédio na dosagem de 30 mL para cada 100 litros;
4- 24 horas de duração;
5- TPA de 40% com sifonagem repondo o carvão;
6- Repetir o tratamento 7 dias depois.

Outras opções de medicamentos são:

Protozoários intestinais: Sera Flagelol ou Metronidazol da Seachem
Vermes nematelmintos: Sera Nematol
Vermes platelmintos: Sera Tremazol

Os sintomas são:

- Falta de apetite prolongado;
- Perda de peso;
- Apatia;
- Peixe se escondendo;
- Fezes longas, esbranquiçadas e gelatinosas, que geralmente boiam;
- Filamentos saindo de seu ânus.

Como Classificar um bom Betta Salamandra.


Betta da linha Salamandra teve origem esse nome por que no momento de sua criação que foi de origem dos Mustard Gas criadores da Tailândia que desenvolviam essa linha aprimoraram ao ponto de ter um peixe com corpo parcialmente coberto por um manto Púrpura e nadadeiras amarelas com BF branco, vendo que esse tipo de MG era de produtividade e fixação constante. 


Com o tempo ocorreu o surgimento de um exemplar com sinais vermelhos nas nadadeiras ao invés de amarelo como era o clássico Novo MG, então este recebeu o nome de Salamandra porque se assemelhava ao lagarto da região, com tons vermelhos e púrpuras.


Desde então Salamandra e o nome dado a qualquer betta desta origem, tanto com mantos púrpuras, rosa, amarelos, verdes e etc..
Hoje em dia temos uma infinidade de tipos e cores de peixes salamandras e geno. Talvez isso cause uma certa confusão na escolha ou classificação de tantos hobbystas e criadores.


A padronagem do salamandra a meu ver segue as seguintes características:
Camada de pele com cor solida recoberta com um manto nas cores em contraste que poderão ser púrpura, rosa, verde, gold, Cooper,dragon, etc...


Enumerei uma lista de características a serem vistas dentro do padrão de um salamandra.


1º Cabeça lisa sem mascara da mesma cor da primeira camada de cor logo abaixo do manto.


2º Base de cor nas nadadeira que poderam ser da cor do manto, camada de pele ou uma outra cor a vulso atendendo o padrão de solidez.


3º Contorno em suas nadadeiras com um BF branco solido e nítido desde as peitorais ate a pélvica seguindo a linha simétrica e homogenica.
Peixes fora desses padrões certamente poderam ser considerados geno ou salamandras de baixa qualidade.




A seguir imagens que vao ajudar a ter como orientação o texto acima.




Exemplar MG de linhagem aprimorada que deu origem aos Salamandras de hoje em dia

Exemplar de Salamandra dentro do padrão





Exemplar de salamandra fora do padrão, justamente por portar Mascara, coisa que e falta em exemplares de salamandra.
Animal no qual deu origem a nomeclatura da linhagem Salamandra

Permanganato de Potássio no tratamento de doenças

O Permanganato de Potássio é um álcali cáustico (KMnO4), que oxida a matéria orgânica, não sendo assim um remédio, mas um agente oxidante e desinfetante de amplo espectro. Age com excelentes resultados para desinfetar plantas, troncos, pedras e peixes adquiridos de fora. Um simples banho de 10 minutos. O Permanganato de Potássio quando usado nas dosagens corretas é muito menos tóxico do que outros tipos de tratamento como antibióticos que interferem na biologia da água. Ele é considerado o complemento perfeito para tratamentos à base de sal como forma de atuar em doenças de peixes de um modo geral .


O Permanganato de Potássio dissolvido na água forma o íon permanganato (MNO4-) e o dióxido de manganês (MnO2). Essa reação liberta dois átomos de oxigênio que reagem agressivamente com outras moléculas orgânicas, alterando suas estruturas e propriedades. Esses íons de permanganato matam parasitas oxidando suas barreiras de células. Já o dióxido de manganês, forma complexos de proteína que atacam o sistema respiratório dos parasitas, matando-os.
usado nos seguintes casos
Infecções por bactérias, que é uma das maiores incidências em qualquer peixe;
Infecções por fungos e diversas outras, tais como: Saprolegnia, Costia, Chilodinella, Ichtio, Trichodina, Gyradactylus, Dactylogyrus, Argulus, Lernea, Columnaris, Aeromonas, Pseudomonas.
Sugiro uma troca de 50% da água antes de usar o Permanganato de Potássio para que o resultado final seja eficaz. Nos casos especificos de Argulus, Lernea, Costia e Chilodinella, somente teremos bons resultados com banhos de imersão de 10 a 25 ppm (parte por milhão) durante 60 minutos.

O Permanganato de Potássio também é muito indicado no tratamento de Columnaris, Aeromonas e a infecções por fungos. Contra Icthio a dosagem é de 1 ppm (1 mg/l), sendo que esse tratamento é menos tóxico para os peixes do que o tradicional Sulfato de Cobre.
Dosagem

Temos que tomar certos cuidados no uso do Permanganato de Potássio, pois o mesmo é prejudicial por ingestão, absorção pela pele e também por inalação. Se possível usar luvas no seu manuseio. Ele mancha a pele, deixando-a marrom por até 12 horas. Alertamos que o uso do Permanganato de Potássio não deve ser utilizado quando o pH estiver muito alto (acima de 8.0).

No caso de uso de uma dosagem acima do indicado, em que os peixes passam a se movimentar de forma anormal, podemos neutralizar os seus efeitos aplicando 15 gotas de Água Oxigenada diretamente no aquário.

É oportuno dizer que, em muitas dessas doenças citadas, o Permanganato de Potássio atua como um agente auxiliar na cura, pela redução do material orgânico, principal órgão disseminador da proliferação de bactérias e também como um agente para evitar infecções secundarias por parasitas.

Doenças - Tripanoplasmose

Agente etiológico:Trypanoplasma sp.
Fisiopatologia: Estes protozoários parasitam o peixe através da corrente sanguínea do animal e são transmitidos de um peixe a outro pelas picadas das sanguessugas. O sintoma da doença no peixe é semelhante ao da "doença do sono" no homem. Os peixes atacados apresentam um estado letárgico, isto é, ficam sem movimentos, enfraquecem, apresentam anemia e olhos fundos. Ficam em posição oblíqua, apoiando a cabeça no fundo do aquário. Morrem de inanição.
Tratamento: Esta doença geralmente é incurável.
A profilaxia consiste em se evitar sanguessugas no aquário (geralmente trazidas por plantas).


Doenças - Lerneose (Verme Âncora)

Agente etiológico: Lernaea sp



Fisiopatologia :1- Efeitos nas brânquias: lesões com perda da arquitetura branquial e redução da sua função devido a atividade alimentar do parasita. Pode ocorrer ainda oclusão temporária, ou permanente da circulação pela fixação do parasita. O tecido branquial pode ainda sofrer necrose e desintegração local, ou difusa.
2- Efeito na pele : fixam-se apenas sobre a pele e causam destruição de escamas e células mais superficiais. No local de fixação surge uma lesão que permanece mesmo depois do desprendimento do parasita. Há irritação local e inflamação. Em infestações mais intensas onde as lesões são mais graves pode ainda ocorrer problemas de osmorregulação provocados pela perfuração do tegumento. Infecções bacterianas secundárias são algumas das complicações deste tipo de parasitismo.
3- Efeitos gerais: freqüentemente há uma perda de peso do hospedeiro. Peixes infestados por ectoparasitas sofrem de constante irritação na superfície do corpo e são obrigados a conviver com esta situação estressante. É possível observar mudanças no comportamento de peixes parasitados, pois estes freqüentemente tentam se livrar destes parasitas ao realizar fricção contra objetos duros, pedras, etc...

Tratamento:
 a) Remoção manual com pinça cirúrgica. No caso da lernea as lesões são mais profundas sendo necessário um banho com solução de Permanganato de Potássio e posterior remoção dos parasitas fixados. Outra alternativa é instilar um solução hipertônica com Cloreto de Sódio(Rinosoro Hipertônico 3%) sobre o parasita. Isto facilita a sua remoção com a pinça. . A remoção manual não significa que não há necessidade de tratamento com medicamentos. Esta serve apenas para interromper os danos diretos que o parasita ocasiona ao peixe enquanto o tratamento está em execução.
b)Medicamentos na ração: Vitosan
c)Produtos para banhos de imersão : Anchor away/PondRx.
Diflubenzuron / Trichlorfon / Malathion
d)Banhos rápidos de imersão com Cloreto de sódio 5% durante 60 segundos.
Repetir este banho duas a três vezes.Pode-se também adicionar formalina 10%.
Imagens:


Doenças - Argulose (Piolho de peixe)

Agente etiológico: Argulus sp.


Fisiopatologia: 1- Efeitos nas brânquias: lesões com perda da arquitetura branquial e redução da sua função devido a atividade alimentar do parasita. Pode ocorrer ainda oclusão temporária, ou permanente da circulação pela fixação do parasita. O tecido branquial pode ainda sofrer necrose e desintegração local, ou difusa.
2- Efeito na pele : fixam-se apenas sobre a pele e causam destruição de escamas e células mais superficiais. No local de fixação surge uma lesão que permanece mesmo depois o despreendimento do parasita. Há irritação local e inflamação. Em infestações mais intensas onde as lesões são mais graves pode ainda ocorrer problemas de osmorregulação provocados pela perfuração do tegumento. Infecções bacterianas secundárias são algumas das complicações deste tipo de parasitismo.
3- Efeitos gerais: freqüentemente há uma perda de peso do hospedeiro. Peixes infestados por ectoparasitas sofrem de constante irritação na superfície do corpo e são obrigados a conviver com esta situação estressante. É possível observar mudanças no comportamento de peixes parasitados, pois estes freqüentemente tentam se livrar destes parasitas ao realizar fricção contra objetos duros, pedras, etc...

Tratamento:
a) Remoção manual com pinça cirúrgica .
b) Medicamentos na ração : Vitosan
c) Produtos terapêuticos para banhos de imersão : Anchoraway/PondRx/Diflubenzuron /Trichlorfon/Malathion
d) Banhos rápidos de imersão com Cloreto de sódio 5% durante 60 segundos.
Repetir este banho duas a três vezes.Pode-se também adicionar formalina 10%.
Imagens:



 
| Design by Betta Design(Matheus Leite) |